domingo, 14 de agosto de 2011

O que farei da matemática?
Se nem mais dela mais posso sentir meus pés no chão?
Se até ela, essa pomposa dos tempos antigos que de muito se falaram,
Professores da infância dizendo:
Que essa sim senhor, tinha razão;
Quando se somavam em quadros escuros,
Preenchidos por giz branco numa operação que hoje descubro ser sem razão.
Que farei meu Deus, se não posso mais acreditar em tudo que existe?
Se os homens que dizem as coisas momentos depois, segundos, milésimos de segundos
Ou até no estante em que se falar se desdizem, se “desfalam?”
Eu que já havia há algum tempo escrito sobre o des
Na terra, água, ar.
Eu,
Que farei eu de mim antídoto para a loucura?
Desse corpo estranho contra num mundo ainda mais estranho a favor e contra
Exalando, exalando o indizível?
Que tamanho incomensurável de ideias múltiplas terei eu mais que suportar?
Que maior dor eu terei de sentir?
Em que estado mortiço deverei mais me apresentar?
Diante de vossa presença constante
Em tempos em que macacos decidem comer carne
Sem ver e sem pra quê - diriam nós se os vissem lutando
Para em pé desigual aos outros animais existirem.
Receberam fleumáticos como se fossem magia os resquícios da razão,
A de pegar em paus em caça a herbívoros, é que se sobressaíram no início da vida,
Num mundo antiqüíssimo, aquele selvático,
Também cão.
E o amor dos eretos?
Dos de coluna que resolvem se misturar ao pior da vida?
Um egoísmo presente nos sempre últimos tempos
Que não chega nunca e que sempre se prometem vim.
Quantos meu Deus? Quantos profetas citaram o fim dos tempos?
Em qual das citações a razão da vossa voz se apresentou?
Me de um sinal de onde está?
Ou será que será por mais tempo que terei de procurar?
E se se mostrou pronto a dizer não vejo a escritura.
Todos cientes do organismo primeiro, do organismo primor, do organismo primata
Gigantescamente carente por voz, meu Deus!
Vós,
Que estando num tempo qualquer do infinito surgi,
Em todos nos surgi a vossa presença como um borrão claro, enervado e nublado por cinza,
Branco, bege e que mais cores se tem notícias...
Mais surgi como um mártir dado ao sacrifício:
Próprio de cada um que suporta viver sem a vossa presença enfática.
Escolhas são o que se tem de vós
E a intuição fala mais alto no final das contas.
Já a razão que se fora um dia fustigadora
Ainda mostra amostras de perguntas encordoadas
Que nesse texto vieram vergões
Na pele em arestas sinuosas
Ou em pior caso no espírito.

Nenhum comentário: