segunda-feira, 2 de maio de 2011

Quero ser puta


Um dia desses ante de dormir, ponderei de forma simples sobre minha vida, esquadrinhando rapidamente não apenas pelo somatório dos fatos caóticos sentimentais e de oficio que me envolveram preteritamente na hora em que tiraria para deixar meu corpo descansando durante 6 horas, para que no outro dia eu despertasse pelo relógio de um celular Motorola desgostoso por mim a fim de ir a faculdade.

Fiz deitado mesmo e sozinho num retângulo esponjoso que é meu colchão não por fazer, mas pra saber, "olha que perigo saber," fiz e resumidamente vi tudo, quase uma película preta e branca, ocre como uma visagem - assustadora.  Pelo horror de cada poro que recopre minha pele preenchido por pêlos em meu corpo arrepiei eriçato e para que eu no outro dia não esquecesse escrevi nos rascunhos do celular a seguinte frase: Nada me satisfaz.

Terei de dizer que meu esforço em resumi tudo numa frase não fizera efeito e a lembrança do que vi como num sonho se espraiara tanto e tão longe que mal enxergo. Mas as perguntas ficam, daí no próximo parágrafo eu refazer a explicação sobre o nada.

Agora revendo a frase pensei, puta que pariu, como podi nada me satisfazer? Como? Então, eu vendo que era inapropriada a sua resolução da forma como se colocava expressa no celular, redisse a frase acima adicionando um punhado de palavras, que ficara da seguinte forma: Nada me satisfaz depois que eu já lhe tenha possuído ou no momento em que termino a possessão surge o nada, o que é perfeitamente normal e nenhuma novidade há aqui.

Puta...

E mais uma vez pergunto, "como assim cara? Você ta louco? O algo ou a coisa se transforma em nada?"

Respostas inventadas

O corpo que se transforma em nada, as palavras que possui, as festas que aspirei ir sobre meu comando num maneio dançarino, somado ao álcool e a maior interação pela aproximação física de desejo sexual culminando e até então reprimido num objeto em transformação, é isso com a madrugada em transformação, o corpo em transformação e no fim Nada?

Uiiii...



O fim que recomeça. O fim sem fim. O fim que não termina. A vida que não basta, pois a vida é pouca demais pra tanta vontade imergida nesse açude frio e escuro, profundíssimo.

Mas a manhã quando vou a um espaço como esse recheado de informações vejo um cartaz de uma muito conhecida casa noturna fortalezense com uma fotografia de uma mulher nua com as pernas esticadas e arreganhadas com seu tronco caído, peitos firmes amostra, de costa também amostrando ou encobrindo a vagina e anus com uma garrafa de uma bebida escocesa, cujo tema é DESEJO, me convidado para mais e mais e mil vezes x mil mais. "Por isso nunca termina cara!"

Nesse momento quando li a frase escrita no meu celular que dizia o que já citei em letra itálico, o que está ali em cima sobre o nada e que até hoje não sei em qual gênero ele (o nada) se encaixa, não acreditei no que tinha escrito e até achei um absurdo tanta lombra, afinal desejo, desejo e desejo 1 bilhão de vezes x o infinito, devido sempre ter nesse mundo o que desejar, embora depois seja o nada como sobra, embora o bastante me seja dado depois e já estou inventando de novo, é o custo benefício. 

Mas e o desejo de vida pós-morte que foi quem me dera sopros fôlegos com jarras de água para agüentar o peso, volto a dizer fora o desejo de vida pós-morte que me dera razão para não morrer triste e seco.

E é com base nessa fé que surgi em mim ânimo como um sopro de vida viva (e que já fujo ao empirismo que também passa longe de meus escritos internos por cá), que já pedi ao Deus, ao Bem, ao Cosmo, ao Infinito que presumo serem os mesmo que na próxima vez que meus pés tiverem o incrível acaso de pisarem esse chão ou qualquer outro, eu venha num corpo como da Megan Fox, a atriz cuja beleza é singular e cujo talento dramático fica por enquanto latente, mas tenho confiança que seus traços e trabalhos prosperem pela arte.

A fotografia inclusive que abre esse emaranhado de palavras é dela num filme de terror que devido o teor diabólico não tive coragem ainda de ver, como também por respeito às criticas que li sobre a trama fílmica cujo roteirista foi por sinal Diablo Cody, "que nome esse Deus? Valei-me!" O mesmo que escreveu o filme Juno, eu gostei de Juno.

 
E é porque não curto maconha ou qualquer alucinógeno que modifique minha “psique”, mas minha alma está constantemente sendo alavancada por esse mundo incompreendido, tão sabido por mim e sem cansar mais uma vez levanto questões sobre a mesma estória de sempre.

Lenga, lenga...

Agora voltarei a ler críticas de objetos capitalista que sobre uma ótica erudita são fúteis para depois estudar economia, logo tenho provas amanhã cedo...

E assim se foi.


Um comentário:

Elaine Crespo disse...

Oi Amigo!

Adoro teus posts!
Deverias escrever um livro autobiográfico, tu tem uma veia de escritor.
Eu escrevo mais Novelas românticas(risos). Acho que fuga da realidade!

Vai tenta e vai escrevendo e um dia vou a sua noite de autógrafos, né? Me convidas é claro! (risos)

Um beijo!!

Fica na paz e cuidado com a vida!

Elaine