quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A resposta do termo acusatório, um encontro platônico e um passeio por espermas diversos.


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Há quatro dias recebi dois papeis que no titulo dizia termo acusatório de meu subcomandante por faltar há três semanas instrução (a instrução se dá sobre as novidades relacionadas ao trabalho, dicas de abordagens, assuntos polêmicos e a forma sobre como devemos proceder, no fundo tão subjetivo, também falam e explicam as leis a cerca de alguns crimes muitos corriqueiros) que era pra ser dada no segundo dia de repouso, muito bem era, pois que por muitas vezes fora cancelado, ninguém sabe o motivo e devido a freqüente inexistência dessas ditas instruções e/ou a sua falta deixei de ir me sentido obliterado.

É-me dado o direito de respondê-la e assim fins.

Contei minha descrição sobre os fatos que me levaram a falta e menti, pois se eu dissesse o que pensava sobre o desprezo dessas pessoas (ir)responsáveis pela tropa na certa seria preso.  Para que contar a verdade se você pode mentir.

Ontem na minha folga fui a Cia para entregar a resposta pela tarde, pois assim terei uma chance de não sofrer punições. Ao sair da sala pequena e quente dos responsáveis pela administração do efetivo, depois de já ter entregado o escrito a um que sempre se acha muito engraçado mais que na realidade é mais bobo que irônico, principalmente devido sua voz esgarçada, sua pele sempre avermelhada, suas orelhas grandes e seus óculos que deixam seus olhos maiores devido a grossura das lentes, me encaminhei ao jardim e lá vi um policial que reconheci de longe por se tratar de um dos que com certeza eu consumiria numa noite sodômica qualquer, estava sentado sozinho olhando pro chão com as palmas das suas mãos semi-grandes e brancas com unhas curtas e um sinal no dedo médio esquerdo sustentando o rosto, num baquinho de cimento cinza sob a sombra de algumas árvores de folhas sempre verdes molhadas logo que passara o dia quase todo chovendo, devidamente fardado com aquela sua blusa de botão ou gandola de mangas longas devido ter uma enorme tatuagem em seu corpo pálido que alcança o braço direito, traço marcante e mais marcante são seu olhos azuis e sua voz que lembra um pouco a do apolíneo cantor e ator estadunidense Cory Monteith. Sempre que nos encontrávamos dado que trabalhávamos próximos devido um cometimento de crime qualquer para que fechássemos o cerco ou mesmo quando aleatoriamente pela patrulha parávamos todos e conversávamos, conversávamos enquanto eu fingindo que lhe ouvia e aos outros interlocutores também quando na realidade pensava no quanto poderia se estender aqueles dois céus azuis claríssimos sobre a luz que nos banhava refletida e uma vez enquanto abordávamos um casal adolescente, ela muito gorda e gigante, ele muito magro e pequeno, imaginava como eles transavam e soube que para a união não há obstávulos, é preciso apenas quer. Via-os despidos invariavelmente e por vários momentos percebi sua paixão interligada de fidelidade, ele uma vez nos enfrentou para que não a pressionássemos sobre o esconderijo do produto entorpecente, ela olhava ofegante seu macho sendo quase todo o dia ordenado a colocar as mãos sobre a cabeça e ouvir de alguns conselhos sobre o quão maléficos eram por disseminar a morte em forma da erva cânhamo, pedras estupefacientes de craque e famoso pó Erythroxylum coca.

Os traficantes escondem sua droga em gretas, frestas e fendas por um parque muito mal cuidado da cidade, por onde passa um riacho poluído e aterrado, rodeado por uma favela e por prédios.

Estamos sempre prestando bem atenção neles e eu semanas anteriores então troquei telefone caso mais tarde na escuridão da noite avistássemos o mencionado casal, passaríamos sem importuná-los para deixar longe o som robusto do motor da hullyx muito bem experimentado por ouvidos criminosos que facilmente reconheceriam nossa compleição para que a pé o pegássemos com a droga.

As noites me lembram muito bem como me lembro da sua voz sexual de Cory Monteith por Cory Monteith e até aquela aliança dourada no dedo direito e de seus dois céus implantados pelo universo gênero a face. Desde então lanço quase que diariamente mensagens ocultando claro minha existência. Então fiz questão de passar devagar longe que o avistei sentado no banco de cimento cinza para que ele se atentasse a minha presença e de longe lhe cumprimentei com um aceno de cabeça.

De noite quando muita coisa já tinha acontecido e com certeza ele já nele lembrasse que hoje me vira por exatamente três segundo lhe enviei outra mensagem dado pistas sobre meu bem-quer platônico

A tua feição de anjo hoje me pareceu triste, embora o lume do teu rosto iridescente faça retorcer raios sobre mim, o céu que é o teu dois globos azuis ligados a ti tão bem ligados a ti por nervos, músculos e sangue que eu arrebatado grito não fujas olhar angelical de mim.

Logo que mandei essa mensagem pelo meu computador acessando um endereço que manda torpedos grátis recebi uma mensagem de um rapaz muito saboroso que usa lentes azuis, desgostosas por mim, de grau 6 em cada olho, cabelo curto com luzes amareladas, boné vermelho e que me consumira minutos antes  num lugar gigantescamente sodomita, lembrei-me tanto de Babilônia percorrendo pelas galerias escuras e mofadas, imaginei-me em meio aqueles seres todos cheios de esperma quente guardados em seus testículos com respirações ofegantes e olhares de linces em caça e  quão desinibido fora aquele povo que como eu uma vez experimentara a exaltação de transar no meio da rua. Essas são mais duas estórias a serem contada. 

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2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
tatiana hora disse...

também sou assim meio Gerty...
texto bacana esse seu!