quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O crime liberta

Em janeiro de 2011 a viatura (...) recebeu via mensagem uma ocorrência de um drogado agredindo a mãe. Chegando lá avistamos o mesmo sobre a mãe, vocalizamos para que o mesmo colocasse as mãos na cabeça, ele se negou e avançou sobre a composição. Todos os meus nervos sofreram da energia augúria daquele ser em desequilíbrio.

A mãe chorando afirmou que quando chegássemos à delegacia faria procedimento. Mas depois de 2 horas esperando ônibus chegamos à presença da autoridade civil - delegada. A mesma depois de fazer várias perguntas a vitima (mãe agredida) convenceu a mãe de que não deveria fazer aquilo com seu filho de 27 anos, pois o mesmo estava doente e que ele o drogado deveria se internar e que nós, ou seja eu, pois estava conduzindo o preso, deveria ir com a mãe, o agressor e a testemunha a um hospital psiquiátrico interná-lo, logo que o mesmo apresentava sintomas de loucura devido o abusivo uso de drogas.

Eu me neguei dado que somente faço o que me é autorizado pelo fiscal e a Delegada ficou revoltada jogando toda a sua cólera sobre minha pessoa. 
A delegada que tive contato parece muito com essa pessoa.


Quando lhe perguntei sobre o desacato, pois na hora de mobilizar o acusado levei um soco, a delegada eriçou seus cabelos brancos e arqueando a sobrancelha lançou de sua boca grande e mole coberta de gloss rosa - choque mais cobras e lagartos – fiquei muito assustado pensei que a mesma iria morrer de tanta raiva.


Ela estava enfurecida e sua maquiagem barata derretia frente ao calor que se fez na delegacia da mulher! Disse que “não poderia fazer desacato coisa nenhuma meu amigo, porque o  filho dela (se referia a mãe violentada) é doente.” Parece que viciado serve de desculpa para o não cometimento de crime ou contravenção. Isso aprendi com essa nobre senhora que na semana seguinte mais uma vez vi hipnotizada olhando para uma tela quadrada vítrea refletindo imagens de pessoas a toa.

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